terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Inclusão de alunos disléxicos no meio escolar

Universidade Federal de Pelotas
Curso de Licenciatura em Pedagogia à distância


 


ARTIGO


 


A INCLUSÃO DE ALUNOS DISLÉXICOS NO MEIO ESCOLAR


 

Graziela Dalacorte Borelli



Camargo, Setembro de 2011.



Universidade Federal de Pelotas
Curso de Licenciatura em Pedagogia





Graziela Dalacorte Borelli




Orientadores
Profa. Juliâna Venzon
Profa. Mauren P. Locatelli Maurina


 
Camargo, 23 de Setembro de 2011.






 
No mundo de hoje a inclusão de pessoas com Nessecidades Educativas Especiais está presente cada vez mais na sociedade escolar. Com isso procurei desvendar como acontece essa inclusão, todo o seu modo de agir, pensar, relacionar e interagir com os colegas.
Acho de grande importância poder observar desde já, pois querendo ou não no futuro, nós futuros professores podemos nos deparar com alunos com dificuldades de aprendizagem, então você conhecendo desde agora irá ajudar no conhecimento e entendimento do mesmo.
A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado. Dislexia é uma especifica dificuldade de aprendizado da linguagem em leitura, soletração, escrita, linguagem expressiva ou receptiva, em razão e cálculos matemáticos como na linguagem corporal e social. Dificuldade no aprendizado da leitura, em diferentes graus e características evidencia da em cerca de 80% dos disléxicos.
A dislexia não deve ser motivo de vergonha para crianças que sofrem dela ou para seus pais. Dislexia não significa falta de inteligência e não é um indicativo de futuras dificuldades acadêmicas e profissionais.
Segundo Marina S. Rodrigues Almeida afirma:
“ A dislexia, principalmente quando tratada, não implica em falta de sucesso no futuro. Alguns exemplos de pessoas disléxicas que obtiveram grande sucesso profissional são Thomas Edison (inventor), Tom Cruise (ator), Walt Disney (fundador dos personagens e estúdios Disney) e Agatha Christie (autora).”
Dados afirmam que a Educação Inclusiva não está recentemente sendo implantada em salas de aula, pelo contrario há registros desde o final do século XIX.
Na década de 1960 com a promulgação da LDB nº. 4.024 de 20/12/1961, iniciou-se a luta que dispusera a frequência do aluno com deficiência no ensino regular com base no artigo 88 da referida lei.
Segundo Marina S. Rodrigues Almeida afirma:
Segundo pesquisas neurobiológicas recentes, concluíram que, o sintoma que mais reflete no risco da doença em uma criança pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua deficiente percepção fonética. Quando esse sintoma está associado a outros casos familiares de dificuldade de aprendizado, a dislexia é comprovadamente genética, onde essa mesma pode vir a ser avaliada já a partir de 5 anos e meio, idade ideal para inicio que pode trazer as respostas mais favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade.”
Na Primeira Infância:
1 - atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras;
3 - parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipoatividade motora;
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com muita frequência;
9 - dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
A Partir dos Sete Anos de Idade:
1 - pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres:
2 - ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros;
3 - copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade;
5 - inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;
6 - só faz leitura silenciosa;
7 - ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra;
8 - sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
9 - pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;
10 - esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas;
Crianças disléxicas apresentam combinações de sintomas em intensidade e níveis que variam de pessoa para pessoa. Algumas delas apresentam maiores números de sintomas e sinais, já outros somente algumas características.
Segundo Marina S. Rodrigues Almeida afirma:
Pesquisadores tem enfatizado que a dificuldade de soletração tem-se evidenciado como um sintoma muito forte da dislexia.”
Em casos menos agravantes, os problemas só passam a ser percebidos como dificuldades de aprendizado, em geral pelo professor, tornando-se mais evidentes a partir do 2º ano do primário. Porem quando os níveis são mais elevados correm o risco de não serem diagnosticados.
Crianças que apresentam características e passam a receber treinamento fonológico a partir do jardim de infância e do 1º ano primário, apresentarão menos problemas no aprendizado da leitura de que outras crianças que não sejam identificadas e nem devidamente tratadas. Especialistas esclarecem que o diagnóstico diferencial e o tratamento remediativo para o disléxico para o adulto deve seguir orientação idêntica que é adequada á criança e ao jovem disléxico.
Segundo Marina S. Rodrigues Almeida afirma:
Especialistas advertem que a falta de diagnostico e da adequada assistência psicopedagogia ao disléxico, pode vir a agravar suas dificuldades sociais e de aprendizado. Para detectar se a criança sofre de dislexia, seria importante que fosse testada todas as crianças. Porem o sistema educacional brasileiro é deficiente nisso. Portanto cabe aos pais e professores ficarem alerta e atentos aos sinais para que possam ajudar seus filhos.”
No caso descoberta a criança com dislexia o profissional capacitado a ajudar seria o psicólogo escolar, ele saberá tomar as devidas providências, e atuar como mediador entre os familiares e demais profissionais.
Os pais devem ficar atentos sobre o desempenho leitor de seus filhos, baixas notas em língua portuguesa e a falta de interesse em ler textos podem ser sinais de alerta. Os alunos que são disléxicos tendem a se afastar de atividades que envolvam leitura e texto escrito, partindo para outro lado, como o do esporte, lazer, liderança, que podem revelar seu potencial de criação.
A dislexia se for de origem genética não tem cura e por isso é uma síndrome. Se for de natureza escolar a mudança do método de leitura, pode trazer resultados bastante satisfatórios á ele, aos docentes e aos pais.
Uma escola normal, para se tornar uma escola modelo em atendimento de portadores com necessidades especiais, primeiramente deve-se observar a igualdade de oportunidades á todos. Pois a mesma deve ter um padrão, acolhendo todas as crianças, independente de cor, raça, tipo de deficiência etc.
Primeiramente para poder receber o aluno com NEE deve-se observar as condições de infraestrutura e a formação de profissionais.
A permanência física de um aluno com NEE em sala de aula, não consiste em apenas estar presente de corpo, mas sim poder participar e desenvolver atividades, claro sempre respeitando suas peculiaridades.
Em uma sala de aula onde há alunos inclusivos, deve-se ter todo um cuidado com eles, desde o lugar onde vai se sentar, até o tipo de atividade oferecida. Como nos diz o texto de Kassar, onde foi feita uma observação em certa cidade, em uma escola onde havia em uma das salas dois alunos com visão subnormal que estavam sentados nas ultimas carteiras, onde deveriam estar acomodados nas primeiras, com isso podiam estabelecer a língua de sinais com eles.
Para a elaboração das atividades para os alunos com NEE deve-se ter todo um amparo técnico e um montante de recursos, pois cada aluno é um que precisa de atividades adequadas para si. O apoio, a ajuda da família também é importante, não basta os educadores passarem as atividades se a família não dá todo aquele apoio necessário para seguir à diante.
Segundo Heward (2003) afirma:
Que o fato dos alunos serem todos diferentes não implica que nada um tenha que aprender segundo uma metodologia diferente, isto levar-nos-ia a uma escola impossível de funcionar nas condições actuais”. Significa no entanto, que se não proporcionarmos abordagens diferentes ao processo de aprendizagem estamos a criar desigualdade para muitos alunos.
Entendo que, numa escola regular onde há alunos incluídos ficaria difícil de trabalhar para cada aluno uma metodologia diferente, pois como já se diz, escola integrativa, que busca integrar os alunos com deficiência no ensino regular, podemos trabalhar com abordagens diferentes, mas sempre com um objetivo não criando desigualdade entre os alunos.
Rodrigues (2006) afirma que em muitos países começaram a ser integrados no currículo de formação inicial de professores disciplinas ás “Necessidades Educativas Especiais”.
Em meu ver acho muito importante a inclusão dessa matéria na formação acadêmica dos professores, porque no mundo em que vivemos hoje e cada vez mais e apressadamente, os portadores de necessidades diferenciadas estão se incluindo no ensino regular. A qualquer momento um educador pode se deparar em sala de aula com um aluno que precise de cuidados especiais, então acho de extrema importância que a qualificação venha desde a graduação, para que no momento em que o aluno precisar de um suporte especial ela esteja pronta, qualificada e apta a ajudá-lo no que precisa,
Rodrigues (2006) coloca também que
Em um determinado subsistema educativo tomou a decisão de encerrar as escolas especiais da região e enviar os alunos que antes frequentavam esta escola para a escola regular”.
Achei interessante esta ideia de fechar as escolas especiais, e lançar os alunos para a escola regular. Com essa inclusão gerou certa necessidade de contratar profissionais preparados para atentar os diferentes tipos de necessidades diferenciadas. Em fim precisa-se de toda uma organização diferenciada para que os familiares desses alunos ficarem tranquilos quando os mesmos estão inseridos nela.
Com essa proporção de alunos, se poupou um grande número, porque a escola especial precisava de grandes recursos, e com isso pode-se economizar em todos os lados, e o principal pode-se “incluir”, que é o que mais se almeja no momento.
Penso que as colocações do autor são positivas, interessantes, pois trabalharmos numa turma com grande número de alunos que recebe alunos com NEE é um grande desafio, pois as atividades precisam respeitar o ritmo de cada educando.
Após leiturado o texto, pude concluir que Marques (2006) está totalmente favorável à inclusão de pessoas com necessidades especiais no ensino regular.
O autor relata que, muitas vezes por você ser negro, velho, criança, mulher, ser deficiente é deixado de lado diante da sociedade, onde é visto como uma pessoa que não é capaz de agir, pensar e lutar pelos seus direitos.
Pode-se perceber que a sociedade ao longo dos anos sempre se mostrou preconceituosa e também agindo preconceituosamente diante dos portadores de necessidades especiais.
Como diz Marques (1992, p.8)
É uma sociedade impregnada de preconceitos e de um espírito de competição que, por prepotência dos ditos “normais”, procura estabelecer os limites do outro, como se fosse um invalida e, consequentemente, um ser digno apenas de “caridades” marginalizadoras e humanamente humilhantes”.
Como dizia a metáfora da “maçã podre” em um cesto de “maçãs boas”, o ‘fruto bom” perderia o seu valor se mantido ao lado do “fruto podre”.
Isso é o que muitas vezes acontece com portadores de necessidades especiais, jamais você perderia seu valor sua honestidade por estar simplesmente ao lado de uma pessoa que precisa de cuidados especiais, mas que é normal como todos nós.
Também Carlos Alberto (2006) cita que, o portador é visto com um olhar caridoso, como um olhar de piedade perante as pessoas. Onde o mesmo posiciona-se indiscriminatória e a favor do reconhecimento e do respeito pela diferença.
Após refletido o que o autor escreveu, penso que suas afirmações estão corretas pois, no mundo de hoje podemos afirmar que ainda existe exclusão dos portadores de necessidades especiais na sociedade atual. O mesmo afirma também que, sempre ouve certo tipo de ação discriminatória e preconceituosa diante deles.
Concordo plenamente com o que o autor diz, porque a discriminação acontece sim, e está presente em vários lugares, mas temos que lutar. Homens, mulheres, negros, jovens, enfim todos devem lutar e acreditar em uma sociedade mais justa e igualitária a todos. Não se trará de algo impossível, se contar com a presença de todos, pois juntos podemos transformar a sociedade que almejamos para o futuro.
No dia 23 de Setembro o Ministro da Educação Fernando Haddad homologou o parecer nº. 13/2009 do Conselho Nacional da Educação que trata de diretrizes operacionais para o atendimento educacional especializado para os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotaçao matriculados em classes regulares e no atendimento educacional especializado.
O parecer que dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União aos sistemas públicos de ensino ns estados, Distrito Federal e municípios para ampliar a oferta do atendimento educacional especializado. Esse tipo de atendimento se refere a atividades complementares a escolarização dos alunos públicos da educação especial nas classes regulares.
De acordo com o texto, “para a implementação do decreto 6571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação nas classes comuns do ensino regular e no atendimento educacional especializado ofertado em salas de recursos ou instituições especializadas, publicas ou privadas, sem fins lucrativos”.
Está disposto no decreto que a matricula de cada aluno com deficiência no ensino regular da rede pública e também no atendimento especializado deve ser contada em dobro, para que os recursos do Fundeb possam subsidiar as duas modalidades”.
Achei de grande valia essa homologação que o Ministro da Educação Fernando Haddad fez, pois se trata de um caso que é muito cogitado entre nós, que é a inclusão, onde o principal objetivo é que, o incluído interaja com a turma e se sinta bem no novo ambiente de ensino.
 A meta deles é incluir, o atendimento educacional especializado nas classes regulares de ensino. Muito importante essa iniciativa, pois sabemos que se trata de uma coisa bem complexa, mas que aos poucos vamos acabando com esse preconceito e incluindo os alunos com deficiência no ensino regular.

























Referências Bibliográficas

MARQUES, Carlos Alberto. Uma leitura a partir do pensamento de Paulo Freire, 2006.
RODRIGUES, David. Dez idéias (mal) feitas da educação inclusiva, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer que trata de aluno com deficiência, nº. 13/2009, 23 de Set de 2009, pág. 4.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pezinho

Nos pequenos passos do Pezinho alunos mostram  o amor e gosto pelas danças gauchescas.

Música

A turma cantando a bela música "Gritos de liberdade"

Tradicionalismo

Culto as tradições Gaúchas

Pesquisa

Semana Farroupilha é cultura. Alunos definem tradição.

Dança gaúcha

O encanto da música gaúcha representada pelo ritmo dos movimentos de peões e prendas na dança tradicionalista.

Canto

Alunas demonstram talentos na música tradicionalista da Semana Farroupilha

Dança

Alunos da escola apresentando danças tradicionalistas

Semana Farroupilha no Pandiá Calógeras

A diretora falando  sobre a importancia da Semana Farroupilha e as atividades que acontecerão no decorrer da  semana.